A Lei do Aço
As raízes do narciso
Se inclinam suave
Nos lábios femininos
Que desvanecem com a tarde
O cavaleiro está só...
O corpo da cor do lírio
Em seu ventre rasgado
A vida não tem mais sentido
Diz o guerreiro tomando-a em seus braços
Ele perdeu sua esperança
Mas lhe resta a espada
E na planície a galope avança
Vai vingar a sua amada
A espada é o reflexo
Do cavaleiro que a conduz
Contra os que lhe cegam a alma
Contra os inimigos da luz
Ele sabe que não há chance
Mas mesmo assim parte
O vento é cortante
E num instante o combate
Se trava
E alguns ele abate
Mas logo uma lança o alcança
Fazendo que ele desabe
O sangue mistura-se a relva
Fugir nunca foi uma opção
Malditos abutres da Terra
A lâmina do aço reluz ante a escuridão
As raízes do narciso
Se inclinam suave
Nos lábios Femininos
Que desvanecem com a tarde
Que desvanecem com a tarde
O cavaleiro está só...