Idéias e Ideais

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quinta-feira, 19 de junho de 2025

A Lei do Aço

A Lei do Aço

 

As raízes do narciso

Se inclinam suave

Nos lábios femininos

Que desvanecem com a tarde

 

O cavaleiro está só...

 

O corpo da cor do lírio

Em seu ventre rasgado

A vida não tem mais sentido

Diz o guerreiro tomando-a em seus braços

 

Ele perdeu sua esperança

Mas lhe resta a espada

E na planície a galope avança

Vai vingar a sua amada

 

A espada é o reflexo

Do cavaleiro que a conduz

Contra os que lhe cegam a alma

Contra os inimigos da luz

 

Ele sabe que não há chance

Mas mesmo assim parte

O vento é cortante

E num instante o combate

Se trava

E alguns ele abate

Mas logo uma lança o alcança

Fazendo que ele desabe

 

O sangue mistura-se a relva

Fugir nunca foi uma opção

Malditos abutres da Terra

A lâmina do aço reluz ante a escuridão

 

As raízes do narciso

Se inclinam suave

Nos lábios Femininos

Que desvanecem com a tarde

Que desvanecem com a tarde

 

O cavaleiro está só...

Piquenique Baby

Piquenique Baby

 

Baby tenha misericórdia

Não, não me provoque assim

Dentro desse seu vestidinho vermelho

Nada em você tem como ser ruim

 

Deslize para minha rede

Não hesite baby, tudo vai ficar bem

Vamos falar a noite inteira de amor

Sem nos preocupar com ninguém

 

Não deixe a tristeza entrar

Por mais que ela insista em bater

Não deixe a tristeza entrar

no mundo haverá sempre alguém

que queira te feliz fazer

 

Baby você tem tudo que é preciso

Pra fazer tremer o chão

Não, não tem que ter razão ou sentido

Apenas seguir o ritmo de seu coração

 

Não deixe a tristeza entrar

Ainda que ela insista em bater

Não deixe a tristeza entrar

No mundo haverá sempre alguém que queira feliz te fazer

 

Os Fantasmas Também Sabem Dançar

Os Fantasmas Também Sabem Dançar

 

Dela eu estou afim

Mas ela não está

Ao alcance de mim

Pois eu sou um fantasma

 

Mesmo estando presente

Pra ela eu sou transparente

Eu não a posso tocar

 

Ela me faz levitar

Devo admitir

Eu queria ficar

E com ela dormir

 

Mas logo vai clarear

Logo vai clarear

E eu tenho que partir

 

Ela acha que fantasmas não existem

E nem ao menos se propõe a duvidar

Mas nós somos a presença da ausência

Presos a um tempo linear

 

Sim, eu sou um espectro

De aspecto familiar

E as portas de concreto

Costumo atravessar

 

O meu traje é branco

E para ser bem franco

Gostaria de mudar

 

Dela eu estou afim

Mas ela não está

Ao alcance de mim

Pois eu sou um fantasma

 

Mesmo estando presente

Pra ela eu sou transparente

Eu não a posso tocar

 

Ela acha que fantasmas não existem

E nem ao menos se propõe a duvidar

Mas nós somos a presença da ausência

Presos em um tempo linear

Presos a um tempo linear

 

Não é por quê

Você não me vê

Que eu não tenho uma aparência

 

Eu posso até nem ser

Igual a você

Mas nós temos a mesma essência

 

Os fantasmas também sabem  dançar

Vem pra festa

Não tem hora pra acabar

 

A Dama do Horizonte Perdido

A Dama do Horizonte Perdido

 

Nuvem calma atravessa rio

Dama blusa abre em frescor

Leve brisa no azul estio

Paira perfume orquídeas cor

 

Na paisagem de changrilá

Dama tão linda de se ver

Entre flores a passear

No dourado alvorecer

 

Braços, colo, cintura, seios

Natureza deita aos pés dela

Fonte de cristais anseios

Tão bela  e frágil quanto ela

 

Na paisagem de changrilá

Dama tão linda de se ver

Entre flores a passear

No dourado alvorecer

 

Trilha estreita púrpuras pedras

Águas claras a deslizar

Esplendor de cores flores amarelas

Suaves traços, verde jade no olhar

 

Na paisagem de changrilá

Dama tão linda de se ver

Entre flores a passear

No dourado alvorecer

 

 

 

Hiroshima Devastada


Hiroshima Devastada

 

O que nos ameaçara

O que era eminente

Naquela manhã clara

Tornou-se evidente

Sob um céu silencioso

Fez-se uma onda incandescente

 

E era como se nada

Sentido fizesse, de repente

Hiroshima devastada

Desfiguradas, pessoas nem pareciam gente

 

Ela caída

Por água implora

Quão frágil é a vida

Só há tristeza agora, só há tristeza agora

 

A solidão é um vagar

Sem direção

Onde só o que há

É escuridão

É um amargurar, é um desvanecer

É constatar, perdi você

 

Da enegrecida e densa fumaça

Chamas vermelhas emergem com o vento

Pontes desmoronadas, árvores decepadas

E na fraca verde luz projetada

Caos, angústia, desalento

 

E era como se nada

Sentido fizesse, de repente

A estúpida arma

Assassina, assassina

Caos, angústia, desalento

 

 

Rali em Dakar

Rali em Dakar

 

Quanto tempo nos resta

Não há como se saber

Na vida o que não presta

É ter medo de viver

 

Desafiando as dunas

Atravessando nevoeiros

Nas areias de Dakar

Poesia em movimento

 

Os motores trazem

O som de mil trovões

Tremer o chão eles fazem

Adrenalizam corações

 

As nuvens se abrindo

Dando ao sol passagem

O céu é tão lindo

Mas também pode ser miragem

 

Nascido pra acelerar

Minha vida é correr

Nascido pra acelerar

O medo nunca vai me vencer

O Sangue é o Preço da Liberdade


O Sangue é o Preço da Liberdade

 

Nós os piratas não temos

Nada além do mar

Lutar é o que sabemos

Nascemos pra conquistar

 

Nossa história escrevemos

Nas ondas revoltas do mar

Coragem no peito trazemos

E o brilho do ouro no olhar

 

Somos amantes do mar

Da escada ao leme

Do vento a vela

Nosso tesouro é uma garrafa de rum

E a prostituta mais bela

 

Nós os piratas não temos

Família, piedade, nem lar

Coragem no peito trazemos

Nascemos pra conquistar

 

Lutar é o que sabemos

Nas ondas revoltas do mar

Somente o Cracken tememos

Temos que confessar

 

Somos amantes do mar

Da escada ao leme

Do vento a vela

Nosso tesouro é uma garrafa de rum

E a prostituta mais bela

 

Entre faíscas e trovões

Navegando contra a tempestade

Todos aos malditos canhões

O sangue é o preço da liberdade

 

Somos amantes do mar

Da escada ao leme

Do vento a vela

Nosso tesouro é uma garrafa de rum

E a prostituta mais bela

O Lápis e a Sulfite

 

O Lápis e a Sulfite

Essa é uma estória

Entre um lápis e uma sulfite

Ele com sua ponta grossa

Ela macia em sua superfície

 

Quando ele a conheceu

Ela ainda era virgem

Tinha a alvura em sua estrutura

e um eucalipto por origem

 

Foram tantas frases feitas, repletas de poesia

Enquanto ele a tocava

Feliz ela sabia

Que agora mais nada os separaria

 

Mesmo hoje envelhecida

Esquecida numa escrivaninha

Ela ainda guarda as marcas

Do grande amor de sua vida

 

Ele escreveu seu nome em tantas

Mas todas elas foram esquecidas

Só ela o levará consigo

Quando chegar a hora da despedida 

Sobre Mulheres e Malte

Morangos com Pistache · Sobre mulheres e malte

Sobre Mulheres e Malte

 

Ela vive de bar em bar

Promessas de pecado sem fim

No corpo a cor do malte a dourar

Garota não me maltrate assim

 

Ela é leviana

Ela é leviana

Mas dela eu sempre to afim

 

Ela é leviana

Ela é insana

E a noite toda é pouca pra mim

 

No verão ela é uma loucura

E fica uma delícia suada

Por ela minha boca procura

Sem ela fica fraca a balada

 

Ela é leviana

E não há só uma semana

Que dela eu não fique afim

 

Ela é leviana

Levemente insana

E a noite toda é pouca pra mim

 

Que na vida nunca me falte

Mulheres e milhares de malte

Que na vida nunca me falte

Mulheres

 

Ela é leviana

Levemente insana

Mas dela eu sempre to afim

 

Ela é leviana

Ela [é leviana

E a noite toda é pouca pra mim

 

Que na vida nunca me falte

Mulheres e milhares de malte

Que na vida nunca me falte

Mulheres, mulheres e malte

Lavínia Delirante

Morangos com Pistache · Lavínia delirante


Lavínia Delirante

 

Instrumental

Solo de guitarra de: Pedro Pimentel 

Cinco Garrafas Depois

 

Cinco Garrafas Depois 


O que te fez tão insensível assim

Ao ponto de não se importar

Com os rios e mares a poluir

Trocando o verde pelo cinza no olhar

 

Há ainda quem duvide

Da estupidez humana

Há ainda quem acredite

Que a Terra é plana

 

O mundo todo na mão de imbecis

O homem vê, mas não enxerga

Ao degradar o meio em que vive

Destrói aos poucos também com o que lhe preserva

 

Há quem ainda duvide

Da estupidez humana

Há ainda quem acredite

Que a Terra é plana

 

As vezes eu ainda me iludo

Achando que vai melhorar a situação

Baby baby baby, vamos esquecer de tudo

Essa noite é seu meu coração

 

Há muito o meu olhar

O meu olhar definho

Nas mulheres, nas cartas

Nas garrafas de vinho

 

Há muito o meu olhar

O meu olhar definho

Nas mulheres, nas várias e várias

Garrafas de vinho

 

Infeliz de quem não percebe

Aquele que se vende

Vale menos que recebe

 

O coração inabalável na justiça

Recusa se render a corrupção 

Dias em Nitescência


Dias em Nitescência

Dias de paz

Não mais a sua ausência

Dias de paz

Dias em nitescência

 

Dias de paz

Não mais a sua ausência

Dias de paz

Em minha existência

 

Desde que eu a vi

Das outras fiz abstinência

E me descobri

Perdido em sua freqüência

 

Desde que eu a vi

Senti fluir de forma intensa

Toda magia

Que emana da sua presença

 

Seu olhar sempre sedutor

É tão sexy e traiçoeiro

Depois que provei o sabor

De seus beijos fui prisioneiro

Condenado pelo voraz desejo

Em querer ter você o tempo inteiro

 

Dias de paz

Não mais a sua ausência

Dias de paz

Em minha existênciaescencia-12" title="Dias em Nitescência" target="_blank" style="color: #cccccc; text-decoration: none;">Dias em Nitescência</a></div>