Idéias e Ideais

Se a justiça é cega, vamos fazer barulho

sexta-feira, 6 de outubro de 2023

A Vida É Uma Devoradora De Homens



Pés descalços no asfalto

Caminho pela cidade

Com a mente em sobressalto

E em meio a tempestade

 

Sinto-me só

Sinto-me longe de mim mesmo

Sinto-me só

E sigo

Caminhando a esmo

 

Pés cansados não tem ritmo

Caminho pela cidade

Entre nós não há mais nada

A não ser saudade

 

Sinto-me só

Sinto-me longe de mim mesmo

Sinto-me só

E sigo

Caminhando a esmo

 

Ah, como tudo é tão triste

Ah, a beleza que existe

Não satisfaz

 

E por mais que eu me engane

Por mais gatas que eu ame

Me falta a paz

 

Sinto-me só

Sinto-me longe de mim mesmo

Sinto-me só

E sigo

Caminhando a esmo

 

Caminhando a esmo

Caminhando a esmo

 

Evelise



Quando tudo

Quando nada

Por mais que eu diga ou faça

Há sempre alguma coisa que a desagrada

 

Evelise

Por favor, não entre em crise

Evelise

Por favor, não entre em crise

 

Eu já tentei magia

Eu já tentei cachaça

Eu já tentei poesia

Mas esse mau humor não passa

 

Evelise

Por favor, não entre em crise

Evelise

Por favor, não entre em crise

 

Todo fim de mês é assim

Eu não tenho grana nem você pra mim

 

Evelise

Por favor, não entre em crise

Evelise

Não entre, não entre em crise

 

Eu já tentei bombom

Eu já tentei ser mau

Mas quando chegam aqueles dias

Nossas vidas viram um caos

 

Evelise

Por favor, não entre em crise

Evelise

Por favor, não entre em crise

 

Todo fim de mês é assim

Eu não tenho grana nem você pra mim

 

Evelise

Por favor, não entre em crise

Evelise

Não entre, não entre em crise

 

Raio de sol

Luz do luar

Ela é tão linda

 

Evelise

Por favor, não entre em crise

Evelise

Por favor, não entre em crise

 


O Tempo Nunca É O Bastante



Um minuto sem você

Meu bem não sei por quê

É como se o céu se abrisse

É como se só existisse eclipse em meu ser

 

Segundo por segundo, a ampulheta conta a areia

Sua silueta insinuante

E é como a dor da perda

Vagarosa, porém constante

 

Eu lhe traria o sol

Eu lhe colheria uma estrela

Lhe daria a melhor parte de mim

 

Eu lhe traria o sol

Eu a deixaria partir

Se isso a fizesse feliz

 

Um minuto sem lhe ter

Meu bem não sei por quê

É como se o céu caísse

É como se não existisse nada que viesse a me apetecer

 

Segundo por segundo, a ampulheta conta a areia

Sua silueta insinuante

E é como a dor da perda

O tempo nunca é o bastante

 

Eu lhe traria o sol

Eu lhe colheria uma estrela

Lhe daria a melhor parte de mim

 

Eu lhe traria o sol

Eu a deixaria partir

Se isso a fizesse feliz

 


Impunidade Não Mais



Sua ausência fez

Com que eu deixasse de aceitar

Tanta insensatez

Do Estado ao explicar

Que não tem

Como segurança nos dar

Alguém, responda

 

Onde está a lei?

Onde está?

Onde está a lei?

Onde está a lei?

Onde está, meu bem?

 

Quanta estupidez

Pode uma arma causar

Sinto-me refém

Prisioneiro em meu próprio lar

Pois sei

Segurança não há

Alguém, responda

 

Onde está a lei?

A justiça e a dignidade?

Onde está a lei?

Não se pode ser covarde

Onde está a lei?

Onde está meu bem?

 

Deus

Não me tire a fé

Não me deixe fraquejar

Deus

Não me tire a fé

Não me deixe fraquejar

 

Onde está a lei?

Por quê tanta imbecilidade?

Onde está a lei?

Até quando essa passividade?

Onde está a lei?

Onde está meu bem?

Meu bem!

 

Nós só queremos viver em paz

Impunidade não mais

Nós só queremos viver em paz

Impunidade não mais

Não mais


Líquidas Alamedas



A multidão enlouquecida

Perdida entre as labaredas

Correndo por socorro grita

Prédios ruindo, jardins, alamedas

 

Eu a perdi na distância do momento

Onde ela agora estar[a?

Nada mais tem importância, desalento

Não consegui lhe ajudar

 

Luminosas são as trilhas

Por onde corre o tempo

Um raio se estende por milhas

Rosna o céu em tormento

 

Eu a perdi na distância do momento

Onde ela agora estará?

Nada mais tem importância, desalento

Não consegui lhe ajudar

 

A chuva negra chega com o vento

Silenciosa age a radiação

Tristeza é tudo que agora tenho

Angústia se faz em meu coração

 

Eu a perdi na distância do momento

O que de minha vida será?

Nada mais tem importância, desalento

Vidas reduzidas a cinzas


Colisão





No meio da noite

Meu olhar encontra o seu

E eu miro o horizonte

E de repente tudo aconteceu

 

Colisão, colisão

Fusão de fatos com a ficção

Colisão, colisão

Do choque do meu com o seu coração

 

Foi como um açoite

Foi mais forte do que eu

Defronte aquela fonte

Meu olhar no seu se perdeu

 

Colisão, colisão

Fusão de fatos com a ficção

Colisão, colisão

Do choque do meu com o seu coração

O Faraó Da Pirâmide Vlanaqq



Na balança da justiça

O coração e a pluma

Tem sua justa medida

 

Nos portões do submundo

Entrarei, seguirei

E ressuscitarei em paz

 

O rei repousa a oeste

Como o sol a se deitar

Mas pela aurora estará a leste

Como o sol no horizonte a iluminar

 

Nas asas do vento

Ele segue em direção

Aos confins do firmamento

Escoltado por um falcão

 

Ele não está mais entre os mortais

Ele não está mais entre os mortais

 

O céu desce suas escadas

Para que o faraó possa subir

Até o trono onde RÁ o aguarda

Oh, grandioso! Teu filho veio à ti

 

Na barca do sol

Ele toma seu lugar

Ao lado de outros deuses imortais

 

Navegando entre estrelas, imperecíveis

Ele sabe que os Homens

Perderão seus nomes

Mas o rei, jamais